Não há raposa que disfarce a pele,
Não há ladrão que não encontre a cruz,
Não há mentira que não venha à luz,
Não há segredo que não se revele.
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Não há punhal de brilho disfarçado.
Todos os crimes têm sua testemunha.
Não há arranhão que não acuse a unha
Nem traição que não aponte um lado.
Não há na vida nada que se oculte,
Nem morto existe que não se sepulte
Sob esta terra rígida e inclemente.
E não há verme que rejeite os restos
De mentirosos seres desonestos
Que não se prestam nem para semente.
(Silvia Schmidt)
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